Filetes de sardinha ou costeletas de sardinha
Quem "passeia" no meu blog sabe que eu tento sempre acrescentar informações e/ou curiosidades e não apenas partilhar as receitas. Sou curiosa por natureza (se bem que não pela vida alheia 😆). A inveja também não faz parte do meu ser, por isso não tenho qualquer problema em divulgar outras páginas, principalmente quando me ajudam nesta minha pesquisa.
Precisava de alternativa à sardinha assada, ao arroz de sardinha ou à sardinha de caldeirada. Receitas com sardinhas...
Para este prato encontrei um blogue que me deu toda a informação que necessitei e que muito agradeço.
A "Mesa Marcada" refere "A sardinha quer-se assada na brasa, comida no pão ou no prato, com batatas cozidas e uma salada onde os pimentos assados não podem faltar. Sim e não. Ou seja: sim, na maior parte das vezes, mas há outras formas tradicionais de a fazer... "Sardinhas de Costeletas" referenciadas no livro de Maria de Lourdes Modesto (MLM) como sendo de Entre o Douro e Minho... Ao contrário do que se possa pensar existe sardinha quase o ano inteiro. Contudo, como é sabido, ela é mais saborosa e melhor para assar na grelha, nos meses de Verão, quando se apresenta gorda. Porém, frita desta forma é igualmente formidável. Contudo há quem veja nestas receitas uma boa solução para as confeccionar fora da sua época dado que, já se sabe, a fritura dá um sabor extra... A minha mãe diz que era costume deixá-las de véspera numa marinada de sal, limão, alho, louro e pimenta, não só como forma de tempero mas também de conservação (antigamente não havia frigorífico). Na receita do livro de MLM fala-se em "meia hora pelo menos", mas a ML (mãe Luz) segue o processo que herdou - e não sou eu que a vai contrariar.
Mas antes de as marinar é preciso amanhá-las e abri-las à mão, ou com a ajuda de uma pequena faca, para retirar a espinha dorsal, deixando apenas a barbatana da ponta. Depois da marinada são passadas por farinha de trigo (para absorver a humidade) e ovo batido, para prender o pão ralado fino em que são envolvidas, antes de irem a fritar em óleo bem quente... Perguntei se não era possível passá-las apenas por farinha. Disse-me que pode ser mas que dessa forma ficam moles. Não lhe referi que o chef João Sá, do Assinatura, preparou-me umas parecidas para um artigo do nº3 da Nau XXI... envolvendo-as somente em farinha de milho e que me pareceram estaladiças.".
Agora digo eu, também quando eu era solteira a minha mãe fazia por vezes mas os filetes eram albardados, ou seja, passados por um polme, não muito espesso nem muito liquido, feito com farinha, ovo, sal, pimenta e água. De facto nunca foi do meu agrado porque a consistência interna era muito parecida com a externa... molenga!!! Hoje em dia quando faço polme costumo fazer mistura de farinha sem fermento com farinha de arroz ou Maizena, na proporção de metade/metade).
Também para o meu marido apenas a sardinha assada a pingar no pão faz juz ao seu sabor espectacular (por acaso desde há cerca de 2 anos que não encontro sardinha a saber a sardinha nem com febra de sardinha...).
Tinha umas congeladas (faço assim) e resolvi pedir-lhe o benefício da dúvida para eu experimentar esta receita mas panadas por farinha, ovo e pão ralado (por etapas). Além disso sardinha congelada também não do agrado do senhor meu marido...
Aprovadíssimo e a repetir, com moderação por se tratar de alimento frito... Segui a receita da Maria de Lourdes Modesto do livro "Cozinha Tradicional Portuguesa", secção Entre Douro e Minho mas acrescentei a farinha e a pimenta e alguns pózinhos de comentários meus ao modo de preparação com letra itálica:
Ingredientes (para 4 pessoas)
8 Sardinhas grandes
3 dentes de alho (usei alho em pó)
1 limão
sal qb
pimenta qb
2 ovos
pão ralado qb
Farinha sem fermento qb (gosto de usar de arroz ou Maizena porque ficam mais estaladiços)
Modo de preparação
Tiram-se as tripas às sardinhas. Abrem-se as sardinhas de alto a baixo pelo lado da barriga, com uma pequena faca bem afiada e com muito cuidado não fazendo muita pressão deixando a barbatana da cauda. As sardinhas ficam com o aspecto de bacalhaus secos. Temperam-se com o sal, sumo de limão, pimenta e os dentes de alho picados ou às rodelas ou alho em pó. Deixam-se ficar assim durante meia hora pelo menos.
Depois passam-se as sardinhas pela farinha (gosto de secar em papel de cozinha antes deste processo), pelos ovos previamente batidos e seguidamente por pão ralado. Fritam-se em óleo bem quente e servem-se com batatas cozidas e rodelas de limão ou arroz de tomate.
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