quarta-feira, 23 de abril de 2014

COELHO À PORCALHOTA

COELHO À PORCALHOTA
Afinal a Amadora também tem um prato típico!

Porcalhota - O resultado da minha pesquisa foi interessante. Sabia que este nome tinha ligações com o concelho onde moro, mas não é bem como pensava. Mas o que importa é que é uma receita muito saborosa, tanto a carne como o molho, hummm! Foi do agrado dos 4 cá de casa.

Como se pode ler aqui, Porcalhota era um local vizinho da Falagueira (agora anexado à freguesia da Falagueira) e aqui ou aqui e também mais uma pitada de história destes dois locais é desvendada nesta página.

Quanto à origem da receita em nota de rodapé diz a autora do livro Cozinha de Portugal-Estremadura, Maria Odette Cortes Valente que é "Receita original de Pedro dos Coelhos (finais do século XIX). O coelho era criado no quintal da casa e alimentado com cuidados especiais."

Para mais curiosidades sobre Pedro Franco (O Pedro dos Coelhos ou Pedro da Porcalhota) sugiro as seguintes páginas:
"Correio-Mor" ou "Permanente Reencontro" ou "Câmara Municipal de Amadora - Gastronomia"

"Felizmente estavam chegando à Porcalhota. O seu vivo desejo seria comer o famoso coelho guisado..." referência ao restaurante e respectiva iguaria no livro "Os Maias" de Eça de Queiroz.

Ingredientes

A receita em que tomei por base foi a do livro Cozinha de Portugal embora com algumas adaptações por falta da  quantidade necessária de ingredientes (só tinha 150 grs de banha, 2 tomates e não tinha sangue do coelho). No que respeita à quantidade de gordura, na minha opinião a quantidade de banha que usei é mais que suficiente e por só dispor de 2 tomates pequenos acrescentei 2 colheres de sopa de polpa de tomate. Em substituição do sangue inclui os miúdos no refogado do arroz e a água com um pouco de sangue que ficou no alguidar e quando o arroz estava quase cozido juntei um pouco de vinagre (ver receita do arroz mais abaixo).

1 coelho com cerca de 1,200 Kg
1 colher de sopa de vinagre
400 gr de banha
1 cebola grande
3 tomates maduros
1 dl de vinho branco
1 dente de alho
1 ramo de salsa
3 colheres de sopa de azeite
sal e pimenta 

Modo de preparação

Mata-se o coelho com uma pancada na nuca e sangra-se para uma tigela onde já está o vinagre. Mexe-se para não coagular. Esfola-se. Parte-se aos bocados, pelas articulações, e aproveitam-se os miúdos e a cabeça. Leva-se ao lume um tacho largo com a banha e o azeite e logo que esteja bem quente colocam-se os bocados do coelho, sem os sobrepor, para corarem, e voltam-se para ficarem dourados dos dois lados. Junta-se depois a cebola e o dente de alho picados, o vinho, o tomate limpo de peles e sementes e a salsa picada e tempera-se com sal e pimenta. Tapa-se o tacho e deixa-se cozer em lume brando. Acompanha-se com arroz:

300 gr de arroz
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 ramo de salsa
água
1 dl de azeite
o sangue do coelho
sal e pimenta

Leva-se ao lume, num tacho, o azeite com a cebola, os dentes de alho picados, a folha de louro e o ramo de salsa. Logo que esteja levemente louro tempera-se com sal e pimenta e adiciona-se a água (o dobro do volume do arroz). Quando levantar fervura junta-se o arroz lavado e enxuto e antes de o arroz estar convenientemente cozido adiciona-se o sangue, mexe-se com um garfo e deixa-se acabar de cozinhar.

NOTA: O meu arroz ficou um pouco cozido demais (foi a primeira vez que usei esta marca - branca)

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