sábado, 30 de março de 2013

PÃO DE LÓ DE ALFEIZERÃO

PÃO DE LÓ DE ALFEIZERÃO
Este é um doce típico de Alfeizerão, uma localidade perto de Alcobaça (Portugal) e que embora também ainda não o tenha feito, achei que merecia ser partilhado porque é uma verdadeira delícia.

"Diz a tradição, que a receita do Pão-de-Ló pertencia às freiras do Convento de Coz e teria sido transmitido a algumas senhoras da terra que em dias de festa confeccionavam esta receita original. Um dia, o Rei D. Carlos fez uma visita a esta localidade e logo chamaram uma dessas senhoras para confeccionar um Pão-de-Ló para o Rei. Tamanho era o desejo de bem servi-lo, que a cozedura ficou incompleta! Ao invés do esperado, esta atrapalhação resultou num enorme sucesso que mereceu a preferência do Rei e o aplauso dos presentes. Estava, assim, descoberto o Pão-de-Ló de Alfeizerão." In http://alcobaca.no.sapo.pt/turismoguia/gastronomia.htm

A receita e foto foi publicada pela Clara de Sousa "A minha Cozinha-Clara de Sousa"

Ingredientes

6 gemas
2 ovos inteiros (usei L)
100g de açúcar
50g de farinha para bolos com fermento
papel vegetal ou papel almaço


Modo de preparação

Ligue o forno a 220º.

Bata as gemas, os ovos inteiros e o açúcar até crescer e ficar um creme fofo e esbranquiçado (cerca de 10 minutos na batedeira).
Peneire a farinha directamente para o creme e envolva à mão, em movimentos circulares de cima para baixo.
Forre uma forma de alumínio pequena de bolo sem buraco com papel vegetal - a minha tinha 22 cms de diâmetro.
Verta o creme sobre o papel vegetal.
Leve ao forno entre 7 a 10 minutos, consoante o quiser mais ou menos húmido no interior - 7 minutos ficará mais semelhante ao original.
Passado esse tempo, retire do forno e sirva no dia seguinte.


NOTAS DA AUTORA DA RECEITA:
Uma vez que os fornos são caprichosos e alguns têm personalidade própria, por segurança, e para não tostar demais o pão-de-ló, devem colocar uma folha de papel vegetal a cobrir a forma.
O meu não precisa, porque não queima demais por cima, mas há alguns que sim.
Por isso, se conhece o seu forno, decida se precisa ou não.


Foi por isto que não o deixei como o original, porque líquido não dá jeito para comer à mão.
Se quiserem mais líquido deixem apenas 7 minutos a 220º - o bolo leva um choque térmico forte que o coze por fora e deixa líquido no interior. Se colocarem a temperatura mais baixa pode "pastelar" a cozedura exterior e não ganha a mesma cor.
É uma questão de testarem os vossos fornos, já que também eles têm os seus caprichos :)


Não conheço quem não goste de Pão de Ló de Alfeizerão - bem sei que há outros magníficos em todo o país, muito semelhantes e falo, claro, daqueles que são molhadinhos por dentro.
Para a Páscoa sugiro que façam este Pão de Ló, que é muito barato, fácil e rápido.
O tempo de cozedura varia entre os 7 e os 10 minutos a 220º, consoante gostem dele mais ou menos húmido (este da foto ficou 10 minutos e ligeiramente húmido no centro. Para ficar como o original deixem apenas 7).
É claro que têm sempre a possibilidade de o deixar mais tempo para ficar sequinho, mas aí já será um Pão de Ló muito fofo, saboroso, mas diferente do de Alfeizerão.



TORTA DE CLARAS

TORTA DE CLARAS
Este é um doce muito apreciado cá em casa.

Quando há convívios familiares em que esteja a minha cunhada Ofélia (irmã do meu marido) ela já sabe o que deve fazer para sobremesa!

Ando há muito tempo para experimentar fazer mas ainda não o fiz. a minha cunhada faz com a Bimby por isso fico sempre um pouco à espera da dela:)) mas vi esta publicação e resolvi partilhar através do meu blog, também para que assim que surja a oportunidade saiba onde a encontrar. Obrigada "A Cozinhar"

Ingredientes

Claras de ovos q.b. - nesta torta utilizei 12 claras
Ovos moles ou outro creme q.b.
Açúcar granulado fino - por cada clara, uma colher de sopa rasa.
Uma pitada de sal fino
Amêndoa descascada torrada; moída e inteira para decorar, canela e fios de ovos (opcional)


Para esta torta utilizo tabuleiro anti-aderente com paredes laterais baixas.

Modo de preparação

Ligar previamente o forno a 180 graus. Untar o tabuleiro. Peneirar o açúcar. Colocar o sal fino nas claras e começar a bater com a batedeira.
Quando começarem a ficar em castelo, adicionar o açúcar, colher-a-colher. Vão-se formar núvens em redor das varinhas. Continuar a bater por mais 10 minutos (ficam bem durinhas).
Espalhar bem no tabuleiro, com uma espátula, aconchegando para não haver buracos.
Levar ao forno e contar 1 minuto por cada clara. No final colocar a mão em cima para testar a textura (tem de se sentir um pouco de rigidez na superfície).
Retirar do forno, rechear com o creme escolhido e enrolar ainda quente, sobre um pano de cozinha polvilhado de açúcar (passar o pano previamente por água limpa para tirar qualquer resquício de detergente e deixá-lo secar, estando pronto para ser utilizado). Deixar arrefecer e colocar na travessa com cuidado. Cobrir com o restante recheio. Decorar a gosto.

Se abrir fissuras ou roturas, os fios de ovos podem ser utilizados para ajudar a disfarçá-las.


Fonte: http://bolosdoalgarve.blogspot.pt/2008/06/torta-de-claras.html

sexta-feira, 29 de março de 2013

BOLO DE MAÇÃ DE QUILO

BOLO DE MAÇÃ DE QUILO
Neste bolo os ovos é que mandam! Conforme o peso dos ovos assim é o peso dos restantes ingredientes, excepto as maçãs e o fermento.

Para o meu gosto acho que fica com muita gordura, portanto na próxima vez que o faça vou reduzir a quantidade de margarina (se bem que o fiz com manteiga, talvez seja essa a diferença). Há que experimentar  diminuir a quantidade ou fazê-lo com margarina.

Ingredientes

4 ovos
1 Kg de maçã reineta
igual peso dos ovos em açúcar
igual peso dos ovos em farinha (usei com fermento)
igual peso dos ovos em margarina (coloco menos)
2 colheres de café de fermento para bolos
1 limão (sumo)
canela e açúcar para polvilhar (facultativo)

Modo de preparação

Lavam-se as maçãs, descascam-se e tiram-se os caroços. Cortam-se em meias luas, não muito finas nem muito grossas, regam-se com o sumo de limão, envolvendo-as nele e reserva-se.

Batem-se os ovos (claras e gemas) com o açúcar mas vão-se adicionando um a um. Bater muito bem.

Adiciona-se a farinha com o fermento misturado e junta-se a margarina derretida.

Unta-se com margarina e polvilha-se com farinha uma forma redonda ou um tabuleiro.

Coloca-se metade da massa na forma, cobre-se com metade das maçãs, polvilham-se com açúcar (usei açúcar mascavado) e canela.

Cobre-se com a restante massa e coloca-se a restante maçã distribuída pela superfície do bolo e volta-se a polvilhar com açúcar e canela.

Vai a cozer ao forno pré aquecido a 180 graus com a forma colocada no nível do meio do forno, verificando com a técnica do palito. No meu forno fica 40 a 50 minutos.

TARTE HÚNGARA

TARTE HÚNGARA
Dia 26 de Março é o Dia Mundial do Chocolate!

Nesse dia e neste ano (2013) comi pela primeira vez esta delícia com que a minha amiga Sofia Cunha me presenteou. Se cá em casa havia uma receita de bolo de chocolate preferida, agora há duas.

A Sofia trouxe o bolo feito e partilhou a receita e diz que mais fácil não há!

A foto foi a possível porque a pressa era tanta para a comer que quase não dava para tirar o registo:))

Ingredientes

6 ovos
6 colheres (sopa) de açúcar
1 tablete de chocolate de culinária
100 grs de margarina
1 colher (sopa) farinha


Modo de preparação

Leva-se o chocolate partido aos pedaços com a margarina ao micro-ondas durante 60 segundos.  Retira-se mexe-se bem até o chocolate estar bem derretido. 

Batem-se as claras em castelo.

Batem-se as gemas com o açúcar, sem deixar de bater junta-se o chocolate.

Para-se de bater e envolvem-se as claras delicadamente.


Divide-se a massa em 2 partes iguais e numa delas junta-se a colher de farinha.


A massa à qual se juntou a farinha, leva-se ao forno pré aquecido, durante 10 minutos a 180º. 

Retira-se do forno e quando estiver frio coloca-se o restante chocolate por cima e leva-se ao frigorífico até à hora de servir.

quarta-feira, 27 de março de 2013

BOLO DE ABACAXI COM CREME

BOLO DE ABACAXI COM CREME
Vi esta receita no blog Água na Boca e logo resolvi partilhar e registar no meu blog para numa próxima oportunidade experimentar.

Adoro bolos com esta consistência (entre o bolo e o pudim; "enqueijados" como lhes chamo!). Tem um aspecto delicioso, apenas retirarei o coco porque não somos apreciadores, cá por casa!

Uma sugestão minha: se tiver um maçarico de cozinha (aquele eléctrico que deita fogo que serve para "queimar" o leite creme) "queime" um pouco o glacê.

Se por acaso o fizerem antes de mim partilhem a opinião, por favor!

Ingredientes

Massa
3 ovos
2 chávenas (chá) de açúcar
3 chávenas (chá) de farinha de trigo
1 chávena (chá) de leite fervendo
1 colher (sopa) de fermento químico em pó
1 abacaxi grande


Creme
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
2 gemas
3 colheres (sopa) de amido de milho (Maizena)


Glacê
3 claras
3 colheres (sopa) de açúcar refinado
1 pacote de coco ralado pequeno

Modo de preparação


Massa
  • Pique o abacaxi em pedaços bem pequenos e coloque num tabuleiro de ir ao forno grande, em seguida salpique com 1 chávena de açúcar e reserve.
    Bata os ingredientes da massa à mão. Coloque por cima do abacaxi picado e leve para ao forno a cozer.
Creme
Numa panela coloque todos os ingredientes do creme, lembrando que o amido de milho tem que ser dissolvido num pouco de água e leve ao lume até engrossar.
  • Feito isso, coloque em cima do bolo já cozido.
Glacê
  • Em seguida é só bater o glacê na batedeira e colocar por cima do bolo também, salpique coco ralado por cima.

domingo, 24 de março de 2013

DOCE DE SERRADURA

DOCE DE SERRADURA
Sobremesa fácil, rápida e sem ovos.

O meu marido não gosta de leite condensado, porque enjoou em pequeno por comer muito quando existia em bisnagas, mas este doce come...e bem!

O nome talvez seja devido à utilização das bolachas trituradas ou esmagadas, ficando semelhante ao que cai das peças da madeira quando são serradas (serradura).

Eu faço com leite condensado cru, mas já vi receitas usado-o cozido. Experimento para a próxima!

Sempre que se utilizam natas para bater, estas devem estar frias. Caso use natas em embalagens tetra pack (de longa duração) verifique a recomendação da marca que estará na embalagem. Usei umas dessas e na embalagem dizia que deveriam colocadas no frigorífico durante 12 horas, antes de bater e agitar antes de usar.

Ingredientes

1 lata de leite condensado
2 pacotes de natas 
1 pacote de bolacha Maria
5 folhas de gelatina (opcional) (*)
2 colheres de sopa de leite normal aquecido (só se usar a gelatina)

Modo de preparação

(Ver Nota) Triture ou esmague as bolachas (eu coloco-as dentro de uma saco de plástico e vou esmagando com as mãos).

Bata as natas em chantilly bem firme. Junte o leite condensado e envolva. Se usar gelatina é nesta altura que deve adicionar (veja Nota).

Numa taça ou em taças individuais vá colocando camada do creme alternadas com camada de bolacha triturada (a minha filha gosta mais da bolacha envolvida no creme, não ficam tão crocantes, mas não é tão apresentável). Termine com bolacha.

Deve ficar no frigorífico mais de 5 horas, principalmente se usar gelatina.

(*) NOTA: Se preferir um doce mais consistente, use folhas de gelatina, procedendo do seguinte modo:
Ao iniciar e elaboração da receita coloque as folhas de gelatina de molho em água fria para amolecerem. Depois de adicionar o leite condensado às natas batidas, coloque num recipiente 2 colheres de sopa de leite normal, junte as folhas de gelatina e leve ao lume baixo até que derreta a gelatina completamente. Eu levei o leite numa chávena ao  microondas, aqueci por breves segundos e depois juntei a gelatina e mexi muito bem até estar completamente dissolvida. 

DOBRADA COM FEIJÃO BRANCO

DOBRADA COM FEIJÃO BRANCO
Dobrada é o estômago da vaca e é um ingrediente da gastronomia do Norte de Portugal, onde se dá o nome de Tripas à moda do Porto mas pelo que li leva mais carnes (chispe, frango, etc.).

O meu filho adora este prato e passou todo o inverno a pedir. Foi passando o tempo porque eu gosto de a comprar no talho e não nas grandes superfícies, sendo que ao pé da minha casa não há talho.

Há dias passei junto a um talho e lembrei-me de entrar para ver se tinha dobrada. O talhante estava para me vender um pedaço de dobrada muito escura (cinzenta mesmo!) que eu recusei, ao que ele me respondeu que era a melhor...pois não arrisquei porque já é um verdadeiro sacrifício ter de passar pelo processo de lavar e cozer! O que faz o amor... tudo se ultrapassa para fazer a vontade a um filho!

Passado a fase difícil de preparação da dita...sabe bem!!

Ingredientes (4 a 6 pessoas)

1 Kg de dobrada
1/2 de feijão seco branco (usei 2 latas e pode ser também com feijão manteiga ou grão)
2 cenouras
1 chouriço
2 colheres de sopa de polpa de tomate
1 colher de chá de massa de pimentão 
1 cebola grande + 1 cebola para cozer o feijão
1 dente de alho + 1 dente para cozer o feijão
1 folha de louro + 1 folha para cozer o feijão
4 ramos de salsa + 2 ramos para cozer o feijão
1 malagueta ou piri-piri q.b.
1 colher de sopa de banha
2 colheres de sopa de azeite + 1 colher para cozer o feijão
sal q.b.

Modo de preparação

Lavar e demolhar o feijão durante 24 horas. Ao fim de tempo coze-se em água (sem sal) uma folha de louro, uma cebola, 1 dente de alho, 2 ramos de salsa e um fio de azeite.

Quando à preparação da dobrada faço o seguinte: coloco-a em cima de uma superfície e esfrego-a muito bem com sal marinho (grosso) e sumo de limão ou vinagre, em ambos os lados e passo muito bem por água. Se necessário repetir a operação. Para minimizar o cheiro característico, nesta fase, retiro o mais possível de gordura (sebo, tipo "gordura" branca com uma consistência mais rija que a própria gordura). Coloco-a a cozer num recipiente com água e sal até ficar tenra.

O processo de cozer o feijão e a dobrada pode ser feito com antecedência e guarda-se no frigorífico ou congelador até surgir a oportunidade de elaborar a receita, porque são estas as etapas que levam mais tempo.

Num tacho, coloco cebola, alho, tomate, massa pimentão, banha, azeite, louro e o chouriço cortado às rodelas (tenho por hábito tirar a pele ao chouriço) e deixa-se refogar até cozer o chouriço. Se necessário vai-se juntando água de cozer o feijão ou da torneira (eu não ponho a da cozedura da dobrada para que não fique com tanto sabor da mesma, uma questão de gosto).

Entretanto, corta-se a dobrada em pedaços pequenos e junta-se ao refogado, assim como a cenoura às rodelas, a salsa, a malagueta e deixa-se cozinhar para que a dobrada tome o sabor do refogado e cozinhe mais um pouco.

Quando estiver cozida, no ponto desejado, junta-se o feijão e, se necessário, adiciona-se água de cozer o feijão ou da torneira e rectificam-se os temperos. 

Como eu fiz feijoada para quem não gostava de dobrada e tinha couve lombarda (que gosto sempre de juntar à feijoada) também adicionei uma folhas de couve à dobrada, na altura em que juntei o feijão. Deixei cozinhar até a couve estar cozida.

Cá em casa há quem não coma feijão sem arroz por isso fiz um pouco arroz branco (com um pouco de manteiga) para acompanhar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

ESPARGUETE COM FIAMBRE E NATAS

ESPARGUETE COM FIAMBRE E NATAS
Um prato versátil, barato e rápido.

Tenho por hábito ter sempre no congelador uma fatia grossa de fiambre, que em certas alturas e/ou necessidades pode ter várias utilidades: pizza, omelete, arroz de fiambre, esparguete com fiambre, etc.

Até mesmo o esparguete com fiambre pode ser variável no modo de confecção: substituindo as natas por iogurte, adicionando gema de ovo, queijo ralado, orégãos, cebolinho picado, ketchup, pimenta, etc.

Se não for elaborado com aproveitamento de esparguete cozo o esparguete em bastante água com sal de modo a que não fique muito cozido, que fique al dente.

Depois de cozido escorro por um passador de rede, tendo o cuidado de reservar um pouco da água onde cozeu caso seja necessário acrescentar durante o processo de elaboração da receita. Isto porque essa água tem a "goma" da massa e ajuda a manter o molho encorpado, mas também pode juntar leite.

Esmago 1 ou 2 dentes de alho para dentro do tacho, coloco uma pequena quantidade de manteiga e o fiambre cortado aos cubos e deixo ferver até secar, o mais possível, o líquido que o fiambre larga.

Junto o esparguete, as natas ( e os ingredientes opcionais, queijo, orégãos, ketchup, cebolinho, salsa, coentros, gema de ovo, etc.) e deixo ferver um pouco e em lume lento. Nesta fase, se verificar que está muito seco então pode juntar aos poucos a água que reservou ou leite.

No prato pode ainda adicionar mais queijo ralado, salsa picada, cebolinho picado, orégãos...

Uma refeição para levar na marmita, para o trabalho ou escola!

NOTA APÓS PUBLICAÇÃO: Tinha comprado requeijão para comer com doce de abóbora e ontem decidi juntar um pouco de requeijão ao esparguete com fiambre e natas. Foi o delírio! Toda a família me perguntava o que de diferente que sabia tãããooo bem! Segredo desvendado agora!

GRÃO COM CARAS DE BACALHAU

GRÃO COM CARAS DE BACALHAU
Lavar muito bem as caras de bacalhau, esfregando com uma escova nos dentes onde vêm sempre restos indesejáveis.

Colocar de molho em água fria, de preferência dentro do frigorífico (eu deixei durante 2 dias mudando a água 2 vezes), mas pode colocá-las de molho juntamente com o grão.

Se demolhar o grão em separado, deve ser lavado antes e adicionar uma colher de sopa de sal porque o grão "gosta" de ser demolhado e cozido com sal, ao contrário do feijão.

Levar o grão a cozer, juntando o sal depois da água começar a ferver.

Quando verificar que já falta pouco tempo para o grão ficar devidamente macio para ser comido, junte as batatas (facultativo), o bacalhau e os ovos bem lavados e deixe cozer.

Se no final achar que o grão precisa de mais um tempo para ficar devidamente macio, retire os restantes ingredientes e reserve-os tapados com papel de alumínio e deixe o grão cozer mais um pouco.

Temperar com cebola e alho picados, salsa picada, pimenta, azeite e vinagre, claro que todos estes temperos são conforme o gosto pessoal.

Este prato pode ser feito com postas de bacalhau seco demolhado e/ou com grão de lata.

NOTA: O grão também pode ser demolhado em água a ferver (ferve a água e junta-a ao grão) durante cerca de 2 horas, ou até que o mesmo duplique de tamanho.

PUDIM NUVEM DE GELATINA

PUDIM NUVEM DE GELATINA
Tinha um pacote de gelatina instantânea quase a passar o prazo de validade.

Numa altura em que andei a arrumar as minhas receitas antigas vi uma que uma colega (Ana Marçal) me tinha dado há muito tempo e nunca tinha feito. Resolvi experimentar.

O nome da recita estava como "Pudim à Ana Marçal" mas pela sua consistência resolvi chamar-lhe Pudim Nuvem de Gelatina!

Esqueci-me de untar a forma com um pouco de óleo para que saísse da forma mais facilmente e mais liso, mas enfim seria mais por uma questão de apresentação...!

Ingredientes

5 ovos
1 colher de sopa de maizena
1 gelatina em pó instantânea (sabor à escolha, esta era de morango)
1/2 L de leite
5 colheres de sopa de açúcar

Modo de preparação

Aquece-se o leite, sem ferver ( aqueci no microondas 1 minuto). Desfazem-se as gemas com o açúcar. Junta-se a gelatina e a farinha. Vai-se juntando o leite quente aos poucos e mexendo.

Leva-se ao lume a engrossar evitando que ferva para que as gemas tenham tempo de incorporar sem cozerem demasiado depressa. 
Quando ao mexer com a colher deixar ver o fundo do tacho está bom!
Retira-se o tacho do lume e deixa-se arrefecer. Coloquei dentro de um recipiente com água fria e fui mexendo para arrefecer mais rapidamente.

Enquanto isso, batem-se as claras em castelo. Envolvem-se as claras, delicadamente, no preparado.

Coloca-se a mistura numa forma (se for para desenformar recomendo que unte a forma com um pouco de óleo) e vai ao frigorífico. Serve-se bastante frio.

quarta-feira, 13 de março de 2013

MAÇÃS DUQUESA

MAÇÃS DUQUESA
Um bolo, tipo tarte, com a consistência parecida com uma queijada, quase um pudim! Confuso? Mas muito bom!


"A macieira é uma árvore da família das rosáceas cujo fruto é a maça. A macieira é a árvore de fruto que há mais tempo é cultivada pelo Homem, tendo sido desde tempos imemoriais uma fonte alimentícia em todos os países com temperaturas baixas.

Presentemente, a maça é o fruto mais consumido em inúmeros países, com especial relevância para a França, os EUA, o Reino Unido e a Alemanha.

Originalmente, provinda da região do Cáucaso, o consumo da maçã vem já desde o Neolítico. Na Antiguidade, o povo grego descrevia algumas variedades deste fruto e, os romanos, segundo é sabido, já conheciam cerca de trinta.

No século em que vivemos, são conhecidas centenas de variedades de maçãs. As maçãs, a par dos citrinos, podem ser conservadas durante bastante tempo, sem perder o seu valor nutritivo. 

Ao contrário de alguns frutos, a maçã pode ser consumida durante todo o ano e há mais de 7.500 espécies de variedades de maçãs, presentemente.

As diferentes variedades encontram-se em climas temperados e subtropicais, já que as macieiras não florescem em climas tropicais, dado que precisam de uma certa exposição ao frio, dependendo de cada variedade, naturalmente.

Cada maça, contém os seguintes compostos:
Possui, ainda, substâncias fitoquímicas como o ácido elágico que pode ajudar a prevenir alguns tipos de cancro e, ainda o octacosanol, que ajuda a prevenir a doença de Parkinson.

Para um sono tranquilo, aconselha-se tomar um chá de casca de maça.

Se a maça for consumida, ao natural, é aconselhado comer a sua casca, pois assim está a aproveitar ainda mais as suas vitaminas e os seus minerais." In Fonseca Pinto

Ingredientes

4 maçãs grandes (uso reineta)
1 chávena almoçadeira de farinha com fermento, para bolos
1 chávena almoçadeira de açúcar
4 ovos 
0,5 L de leite
2 colheres de sopa de margarina ou manteiga
2 colheres de chá de fermento em pó
margarina para untar tabuleiro
açúcar para polvilhar nas maçãs (usei açúcar amarelo)
canela q.b. (opcional)

Modo de preparação

Unte um tabuleiro com manteiga. Usei um pirex de 28x20 centímetros.

Lave bem as maçãs, descasque-as e retire-lhes os caroços. Corte-as em rodelas ou meias luas finas e vá colocando no tabuleiro, em camadas, salpicando cada camada com um pouco de açúcar.

Ligue o forno a 200º.

À parte, numa tigela, misture primeiro a farinha com o açúcar e o fermento. Em seguida junte o leite aos poucos e vá mexendo. Bata os ovos à parte e adicione à mistura anterior. Mexa tudo muito bem.

Espalhe este creme sobre as maçãs no tabuleiro e por cima de tudo espalhe a margarina aos pedaços pequenos.

Leve a cozer durante cerca de 30 minutos. Convém verificar se as maçãs estão a ficar lourinhas por cima e se necessário deixar estar mais um pouco no forno. Retire e deixe arrefecer. Eu salpiquei com um pouco de canela moída por cima logo que retirei do forno.

terça-feira, 12 de março de 2013

SCONES À INGLESA

SCONES À INGLESA
Pensando em scones lembro-me do chá das 5 e questiono-me porque é que os ingleses levam tão à séria esse ritual e qual a história em redor da criação da receita dos tão afamados pães rápidos.

Procurei informação e encontrei várias curiosidades:

De acordo com o Dicionário Webster, os scones surgiram na Escócia no início do ano de 1500. Inicialmente seriam feitos com farinha de aveia, moldados em formato redondo grande, cortados em pedaços triangulares e cozidos em pedras assar. Hoje em dia, são feitos em vários formatos (redondos, triangulares, quadrados) e com vários sabores e junção de ingredientes (frutos secos, pedaços de chocolate, queijo, natas, iogurte, fruta fresca, etc.).

Quanto à origem do nome algumas pessoas acreditam que estará relacionado com a Pedra de Scone (Escócia), também chamada Pedra do Destino, que era um trono de pedra onde os reis escoceses se sentariam para serem coroados.
Pedra de Scone ou Pedra do Destino (Scone - Escócia)
O dicionário de Oxford, por outro lado refere tratar-se de uma palavra "sgonn" significando bocado ou massa disforme, ou a palavra alemã "sconbrot" que significa pão bonito. Há igualmente quem refira que o nome deriva da palavra holandesa schoonbrot, o que significa pão bonito. Na Escócia o verbo scon significa esmagar, tornar plano ou bater com a mão aberta transformando algo numa superfície plana.


Quanto ao 5'oclock tea (chá das 5):

"Originário da China, o chá foi introduzido na Europa pelos portugueses no século XVI. Conhecido como um hábito tipicamente britânico, o “chá das cinco” foi introduzido na corte inglesa por Catarina de Bragança, princesa portuguesa, filha de D. João IV, quando esta casou com Carlos III de Inglaterra. O dote de Catarina deve ter sido um dos mais exóticos e sumptuosos da História: 500 mil libras de ouro, o livre comércio de Inglaterra com as possessões portuguesas na Ásia, em África e nas Américas, a cidade de Bombaim e uma caixa de chá…
O dote de Catarina foi determinante para o futuro imperial da Inglaterra e o chá iria mudar para sempre a vida dos seus súbditos, tornando-se um elemento indissociável da sua personalidade e da sua maneira de ser.

No entanto, só por volta do ano de 1830 é que esta tradição foi completamente implementada pelos ingleses, com a ajuda da Duquesa de Bedford, que considerava o “chá das cinco” uma oportunidade para exibir maravilhosas peças de porcelana e prata. 

Como consequência, foram criadas regras de etiqueta para o serviço de chá e receitas que fariam parte do cardápio (e que ainda hoje fazem) como: torradas com manteiga, geleia ou mel; scones, muffins, bolos e uma grande variedade de biscoitos e pãezinhos." In "Vamos Voar"

Hoje, 3ªF, dia 12 de Março de 2013 celebra-se na escola da minha filha o dia de Inglaterra e quem participasse com algo tipicamente inglês tinha um "mimo" no fim do período lectivo (um incentivo à participação).

Claro que a mãe teve que pôr a "caminho" e iniciar os ensaios para fazer scones! Tentei 3 receitas e nenhuma saiu como desejava. Comeram-se, mas não tinham todas as qualidades que gosto: altos, fofos por dentro e crocantes por fora e com um ligeiro sabor doce.

Entretanto lancei um pedido de ajuda pelo Facebook e chegaram-me 3 receitas. Como uma delas resultou do modo que desejava, ficaram as outras 2 para fazer brevemente (depois conto como ficou). Agradeço a ajuda de Cooking World e de Arco Íris na cozinha (que me enviou uma receita do Sabor Intenso).

A que fiz foi enviada por um amigo que fez uma pesquisa em francês:)) ao que eu adiciono alguns esclarecimentos como resultado da minha pesquisa.

Ingredientes (cerca de 14 unidades)

500 g de farinha de trigo com fermento, para bolos
2 colheres de sopa de fermento em pó (tipo Royal)
1 pitada de sal
80 g de açúcar (inclui neste peso um pacote de açúcar baunilhado)
80 g de manteiga fria cortada aos pedaços pequenos (usei sem sal)
2 dl de leite
2 ovos batidos

Modo de preparação

Pré-aqueça o forno a 200°C.

Num recipiente, misture a farinha, o fermento em pó, açúcar e o sal. Adicione a manteiga e misture com a ponta dos dedos para esmagar a manteiga e misturar nos ingredientes secos (fica um pouco como a mistura para o crumble, tipo areia húmida). Este processo pode ser feito no robot de cozinha pulsando 2 ou 3 vezes. Faça um buraco na massa e adicione os ovos batidos e o leite e misture rapidamente (de preferência com uma faca) para formar uma pasta mole. (*)


Despeje sobre uma superfície plana e enfarinhada, amasse rapidamente e levemente a massa para alisar e fazer uma bola. Primeiro achatar com a palma da mão, e depois com o rolo da massa para uma espessura de 1 a 2 cm, cerca da altura de um dedo polegar (não usei o rolo daí terem ficado menos lisos no topo). Quanto mais alta ficar a massa com mais altura ficam depois de cozidos. Cortar círculos com um copo (entre 5 e 7 centímetros de diâmetro, usei chávena de café) e coloque-os num tabuleiro forrado com uma folha de papel vegetal. Pincele com um ovo batido ou um  pouco de leite (deitei um pouco de leite no recipiente onde bati os ovos). Deixar cozer entre 12 a 15 minutos até que estejam dourados.

(*) IMPORTANTE - o truque
É importante não trabalhar muito a massa, para que os scones fiquem macios e fofos, mesmo que lhe pareça que a farinha não está bem misturada é preferível não amassar demais. A manteiga não deve ser derretida, deve ser adicionada bem fria e notar-se na massa terminada, é o que dá a textura aos scones. Estes scones são comidos quentes, com manteiga, chantily e doce de morango, etc. Sobraram...aqueci no microondas!

sábado, 9 de março de 2013

NABIÇA COM FEIJÃO FRADE

NABIÇA COM FEIJÃO FRADE
Deram-me 2 cabeças de nabo criadas na minha terra (perto de Abrantes).

Não sou grande apreciadora de nabos, mas adoro nesta comida também típica do Ribatejo. Com as sobras desta receita costuma fazer as Migas ou o Requentado (amolecendo um pouco o alho em azeite, junta-se a mistura de nabiças com o feijão, o nabo é facultativo e adiciona-se broa de milho partida aos pedaços muito pequenos-Migas ou farinha de milho-Requentado).

Então resolvi fazê-lo, guardei-o no frigorífico ainda com um pouco de água de o cozer, caso seja necessário acrescentar se fizer migas ou requentado e será consumido dentro em breve (pelo menos parte dele), temperado com azeite e um pouco de vinagre. O que não se comer irei congelar para não andarmos a comer feijão muitas vezes seguidas.

Coloquei água a ferver, juntei 1 lata grande feijão, excepto a água da lata e sal. Quando levantou fervura adicionei 1 molho nabiças e o nabo e cozeu tudo ao mesmo tempo.

NOTA: Também pode ser feito com grelos de nabo ou uma combinação de feijão encarnado com couve portuguesa ou lombarda.

FRANGO SENTADO NA LATA DE CERVEJA

FRANGO SENTADO NA LATA DE CERVEJA
"Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbedo. Isso o ensinará a manter sua boca fechada." 
Ernest Hemmingway


Hoje foi esta a minha experiência culinária!

Há uns tempos fiz uma pesquisa pelos sites de culinária, para ver receitas de frango com cerveja para ver se e como poderia melhorar a minha receita de Frango com cerveja e encontrei este método de assar frango. Achei curioso e logo ficou em lista de espera!

Confesso que não achei que compensasse e (sem presunção) que ficasse melhor que o meu Frango assado com  molho de churrasqueira que aliás leva menos tempo no forno que esta receita, mas reconheço que fica uma carne muito suculenta.

A receita que apresento foi resultado da minha junção de temperos, sendo apenas a lata da cerveja comum às receitas que encontrei.

Ingredientes

1 lata de cerveja (pode ser preta)
5 dentes de alho + 1 para colocar dentro da cerveja
1 folha de louro
1 colher de sopa de sal grosso 
1 colher de chá de colorau (pimentão doce)
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina derretida
1 ramo de alecrim
1 ramo de tomilho
1 malagueta piri-piri pequena
1/2 limão (sumo)

Modo de preparação

Lavar muito bem o frango e limpar o interior (pulmões, etc). Com as mãos ir separando a pele do corpo do frango para que fique tipo uma bolsa onde se vai colocar a pasta do tempero.
Triturar ou esmagar os alhos, o alecrim e o tomilho com o sal. Juntar o azeite, manteiga, sumo do limão, malagueta e colorau misturando muito bem (se necessário junte um pouco mais de azeite ou manteiga derretida)
Com essa pasta untar todo o frango no interior, entre a pele e sobre a pele.
Deixar a tomar o gosto durante cerca de 2 horas.
Lavar muito bem a lata (mesmo com detergente e passar muito bem por água).
Abrir a lata (eu tirei toda a parte superior com um abre latas, mas pode abrir apenas o orifício da abertura fácil), deitar metade da cerveja para um copo e na restante colocar a folha de louro sem o veio do meio e 1 dente de alho descascado mas inteiro.
Envolver a lata em papel de alumínio (a parte não brilhante do papel fica para o lado de fora) de modo a que tape toda a parte pintada da lata.
Estas ficaram com mais de metade da cerveja mas acho que metade é mais que suficiente.
Pré-aquecer o forno a 200º.
Colocar a lata de cerveja dentro de um recipiente que possa ir ao forno e sentar o frango em cima da lata.
Para que as asas não "abram" durante o processo de assar, fiz um pequeno corte na pele junto à coxa e entalei as pontas das asas nesse "bolso".
Aproveitei e juntei batatas cortadas em 4, cebolas aos gomos finos e 4 dentes de alho com casca que depois de assados retirei a casca, esmaguei-os e misturei no molho.
Ao fim de 2 horas e meia estava assado (assim como as batatas). 

NOTA: O molho foi todo criado durante o assar, não juntei nenhum líquido.